Beija-flor maria da graça almeida Toda vez que comovido bem de leve toca a flor sai com o bico ferido, retirando-se sem cor! Desolada com a cena, a Margarida com pena, doce, pede ao passarinho, que lhe dê o seu carinho. A ave, voando em festa, pressente do espinho a dor e teimosa só empresta beijos sempre à mesma flor! Margarida com ciúme, desprovida do perfume, chora ao vir o bem amado pela Rosa maltratado: -Não tenho dela o olor, porém, não possuo espinhos, beije-me com muito amor, eu não firo passarinhos! - Flor miúda, graciosa, meu martírio ora lhe digo, eu jamais amei a Rosa, amo apenas o perigo!
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Beija-flor
maria da graça almeida
Toda vez que comovido
bem de leve toca a flor
sai com o bico ferido,
retirando-se sem cor!
Desolada com a cena,
a Margarida com pena,
doce, pede ao passarinho,
que lhe dê o seu carinho.
A ave, voando em festa,
pressente do espinho a dor
e teimosa só empresta
beijos sempre à mesma flor!
Margarida com ciúme,
desprovida do perfume,
chora ao vir o bem amado
pela Rosa maltratado:
-Não tenho dela o olor,
porém, não possuo espinhos,
beije-me com muito amor,
eu não firo passarinhos!
- Flor miúda, graciosa,
meu martírio ora lhe digo,
eu jamais amei a Rosa,
amo apenas o perigo!
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